domingo, 11 de julho de 2010

tudo sobre emos como eles vivem,como se vestem e etc..

Encontrar um EMO hoje em dia não é uma tarefa das mais difíceis. Basta ir ao shopping, por exemplo, para ver um monte dessa criançada com seus penteados e roupas peculiares, brincando de um pegar no Badauí do outro, e que parece todos terem saído da mesma máquina de pegar bichinha. Ops! bichinho.

Entretanto, o difícil em questão é por onde começar falar sobre um EMO. Criatura exótica repleta de incógnitas que assiste Rebelde, senta no colo do mecânico da mãe, que não joga bola e chora quando engasga com Nesquik de morango. Dos quais não sabemos sequer se essa viadagem toda aflorou de uma hora para outra, ou se desde o Prézinho já levavam advertência por ficarem pegando no pincel dos coleguinhas.

Contudo o fato é que na época da Britney Spears menina gostava de música de menina, menino gostava de música de menino e viado era viado. Estava tudo sob controle até que o que acontece? Quem surge? Ela, a rebeldia em pessoa, representante do Mal na Terra, suposta filha do Capeta com seu tenebroso All Star de botinha e sua gravata radical: Avril Lavigne.

Então desde o surgimento de Avril Lavigne (versão feminina do Chorão do Charlie Brown Jr. - pois ela também é louca, mas uma louca consciente e os incomodados que se mudem porque ela tá aqui pra incomodar) já tendo conquistado uma esperta legião de fãs, dessa criançada que tira a lente de contato dando tapa na nuca, com o tempo vão surgindo várias bandas seguindo esse estilo sapeca.

Até que mais pra frente aparece o resultado dessa geração Shopping Rock, acostumada a comer só a parte recheada da bolacha, separar no prato o arroz do feijão, tomar sorvete de morango e que cresce vendo tudo que não presta na MTV. Eis que vem à tona o EMOCORE.

EMOCORE conquista rapidamente sua legião de adeptos, um estilo músical como qualquer outro, mas que diferentemente de movimentos de gerações anteriores que tiveram como lema Paz e Amor, Liberdade de Expressão, Sexo, Drogas & Rock N' Roll, os EMOS vieram para defender a viadagem sem causa.

Minha opinião é que cada um devia passar pelo menos 3 meses cagando para aprender para que o cu serve. E ainda me vem o SBT com o programa SUPER NANNY, que equivocadamente ensina os pais a não baterem nos filhos. Mal sabem eles que a violência é o método educacional mais eficiente para a não-formação de adolescentes assim.

Embora transpareça tamanho ódio no texto, minha aversão aos EMOS não é tanta a ponto de eu ver um morrendo de fome e não fazer nada.

góticos

Desespero imaturo

Nem mesmo o céu olha da mesma maneira pra nós dois
Enquanto pra você ele sorri e brinca como uma criança
Pra mim ele se esconde, se zanga, deprimente ele mente estar brilhando...
Não
Não existe nós dois, jamais existirá
Eu te amaria até mesmo morto
Odiar-te seria meu refúgio durante toda minha vida
Por jamais ter se importado...
Idiota, olhe ao seu redor, será que está tão cega?
Estou chorando agora, mas e daí? Você jamais me acalmaria, jamais lamberia minha alma

Cada dia que passa meu fardo é maior, essas lágrimas ficam pesadas demais
Para serem suportadas
Eu choro por te querer demais
E por jogar tudo no lixo sem nem ao menos notar

E fico aqui jogando meus sonhos sobre cortes profundos
Minha alma quer gritar, mas meu ego o censura
Odeie-me, mas sinta algo por essa carcaça que morre tão prematuramente
Mate-me
Mate-me
Enquanto a brisa fria que sopra aqui dentro ainda vive

Esse amor escorre de meus pés em forma de poças de sangue
Dor tão profunda que se derrama
Amor tão imenso que se toca

Meus lábios sussurram seu nome
E em resposta vem a realidade
Dizer a verdade
Sobre a solidão.

góticos

ondas do silêncio
Meu coração se petrificou.
Lentamente...
Sufocantemente...
Sinto-me frágil por dentro, desgastado por fora.
Meu espírito se desprendeu do meu corpo.., meu espírito abalado.

Minha existência só me feriu.
As pessoas à minha volta, feriram-me.
O fardo que carreguei, foi mais árduo do que pude suportar.
Não agüentei toda aquela dor dançando diante dos meus olhos sem parar.

Olhos que não choram mais, mas derramam ondas de tristeza e melancolia.
Olhos que apenas presenciam medo e eterna agonia.
Olhos que já não vêem indivíduos com a mesma inocência.
Olhos freqüentemente pedindo clemência.

Sentado no chão frio, encolho-me nas sombras.
Sem perceber, afogo-me nas ondas.
Penetro num silêncio aterrador.
Deixando-me, em completo e delicado torpor.

Sinto náuseas... meditando, vasculhando minhas entranhas.
Será somente eu, que consigo esta façanha?
Isolado para o mundo, lá fora.
Não sei... mas vontade eu tenho, de ir embora.

Chamas negras querendo me cobrir.
Dúvidas certamente me cercarão.
O Tempo querendo ao meio, me partir.
Maldições certamente me acompanharão.
A morte como me enganei...
Não era a solução.




Insônia

Todo dia a insônia conflita minha mente.
Momentos nostálgicos dos quais tento descobrir o valor e sentido de minha existência.
O sentido existencial tende à busca de uma felicidade vaga, encoberta pela crença de que com amor a encontrará.
Essa doce mentira sobre o amor criada para mascarar a agonia de nosso coração.
De que adianta amar, se este amor não me é correspondido?
Momentos como esses em que cicatrizes proporcionam uma dor mais forte.
Momentos como esses em que busco uma resposta de cura para esta ferida aberta.
Momentos como esses em que tento descartar toda essa tristeza através de lágrimas, as quais correm em meu rosto e se secam em meu travesseiro.
Lágrimas derrubadas na tentativa de me encontrar.
Mas quanto mais caem, mais me perco nesse conflito mental sem solução.
De que adianta amar, se este amor não me é correspondido?
Todo dia a insônia conflita minha mente.



Estrada vazia

Por que sorrisos saem
Enquanto a dor me consome
onde estará à fonte para felicidade
quero esquecer tudo
quero não parar tanto pra pensar
um pássaro preso na gaiola
um gavião sem as asas...
a vida sem motivação
a dor ilude
se disfarça
dor... O q seria...
agonia... Medo... Solidão... Sentimentos que se confundem...
Quero domar os medos...
amar novamente...
esquecer o que passou...
saber rir mesmo sozinha...
dor... Por que não me matas logo
o que queres de mim...
Quando a liberdade chegar... Será que a dor se afastará...
Dor... Sentimento que consome... Traição... Corrói por dentro...
Dor... Deixe-me em paz...
Dor... Afaste-se de meu coração...
Dor... Abra caminho para outros sentimentos...
Dor... Não una-se ao medo....
Me consome .....me destrói....me mata aos poucos... Me corrói... O que tanto me mata...
sentimentos...
pensamentos...
dor... Amor... Traição... Enfim, tudo está contra mim... Não querem que levante... E siga...
Mas... A estrada é longa... Caminho... Caminho...
Mesmo não chegando a nada...




Desespero imaturo

Nem mesmo o céu olha da mesma maneira pra nós dois
Enquanto pra você ele sorri e brinca como uma criança
Pra mim ele se esconde, se zanga, deprimente ele mente estar brilhando...
Não
Não existe nós dois, jamais existirá
Eu te amaria até mesmo morto
Odiar-te seria meu refúgio durante toda minha vida
Por jamais ter se importado...
Idiota, olhe ao seu redor, será que está tão cega?
Estou chorando agora, mas e daí? Você jamais me acalmaria, jamais lamberia minha alma

Cada dia que passa meu fardo é maior, essas lágrimas ficam pesadas demais
Para serem suportadas
Eu choro por te querer demais
E por jogar tudo no lixo sem nem ao menos notar

E fico aqui jogando meus sonhos sobre cortes profundos
Minha alma quer gritar, mas meu ego o censura
Odeie-me, mas sinta algo por essa carcaça que morre tão prematuramente
Mate-me
Mate-me
Enquanto a brisa fria que sopra aqui dentro ainda vive

Esse amor escorre de meus pés em forma de poças de sangue
Dor tão profunda que se derrama
Amor tão imenso que se toca

Meus lábios sussurram seu nome
E em resposta vem a realidade
Dizer a verdade
Sobre a solidão.

Meu sofrer

Gritos invadem a minha mente,
Como se fossem fantasmas a minha procura,
A procura de algo que não tenho ,
Algo que não sou.
Entre folhas de livros velhos ,
E lágrimas que rolavam,
Sentimentos que não se sentem,
Tristezas em vão.
Mostram todo o penar,
O meu penar!
A minha solidão!
Eu simples mortal,
Fujo de algo que não sei explicar,
Talvez de mim mesmo...
Fujo de sentimentos,
Que obscurem a minha mente.
E vocês não me escutam!
Parem!
Prestem atenção!
Estou sofrendo...
Me escondo dentro de mim,
Meu próprio cativeiro.
A prisão de meus devaneios,
Mentiras de mim mesmo,
Verdades ocultadas em um abismo.
Estou correndo das minhas próprias ações .
Me deparo com a minha face perante o espelho.
O espelho de minha vida.
Queria que tudo acabasse,
E que nada restasse,
Nem mesmo,
As palavras que me cercam.
Nada me resta!
Meu olhar pertido,
Tenta encontrar,
Talvez a mais bela razão para viver.
O mais belo caminho para seguir.
A mais bela canção para lembrar,
Talves o mais belo sentimento para querer-te.
Talvez me esqueça,
Da cova que cavei para mim mesmo.
Minhas loucuras.
Loucuras de um mortal,
Como eu!
Que tenta se encontrar,
Que se procura,
Em cada olhar,
Porém se esconde,
De cada sorriso.
Abre os braços para a morte,
Para o anjo triste ao seu lado,
Para a desilução que existe em seu peito.
Pobre mortal que procura a sua imortalidade.
Pobre mortal...





Perdido, triste, vazio

Perdido em meu mundo, em meus pensamentos;
sem saber onde ir;
sinto cada vez mais a escuridão tomar conta de meu corpo;
Aos poucos vou encontrando um enorme vazio.

Indo contra a luz;
sem saber o que fazer;
não sei para onde vou...
sinto perder a respiração a cada minuto que se passa;
nem sequer me lembro quem sou.

Estou só, imensamente só.
Não pense que isso me faz mal;
pelo contrário;
é tudo o que sempre desejei.

Paciência, não tente me entender;
você não conseguiria,
nem mesmo eu consigo,
viva sua vida e me deixe em paz.

Se você acha que não consegue me esquecer,
esqueça isso, e conseguirá.
Você acha que tenho todas as respostas;
mais eu acho o mesmo de você;
Lembre-se, estamos só, apenas só.

Perdido, triste, vazio.
É o que sou.
É o que sempre fui.
Não tente mudar isso,
Viva sua vida e me esqueça.
Esqueça que um dia fomos felizes;
esqueça que você sorriu pra mim;
esqueça que só víamos a luz e nunca a escuridão;
esqueça que nunca estávamos sozinhos;
esqueça que um dia me amou.
Esqueça...
apenas esqueça o que digo.
E esqueça quem fui.




A razão de minhas lágrimas

Choro pelo nosso lindo passado
Por nossos momentos de paixão
Por cada sincera declaração
Pelo prazer de ter amado...
Minhas lágrimas são pelo que fomos!

Choro pelo nosso despedaçado presente
Pela dor em meu peito
Pela frustração dos planos desfeitos
Pela saudade do outro ausente...
Minhas lágrimas são pelo que nos tornamos!

Choro pelo meu sonhado futuro
Pelo casal que não mais somos
Pela falta do meu porto seguro...
Minhas lágrimas são por não mais te ter!

Choro por muitos motivos
Pela lembrança do passado
Pelo presente desconsolado
Pelo futuro que não mais vai existir...

Minhas lágrimas são simplesmente porque TE AMO!!!



Solidão


Como uma faca que perfura meu coração,
Uma lamina que me mata em depressão,
Lagrimas, dor, traição, viver sozinho,
Noite após noite o luar desaparece,
Em meio as lagrimas da solidão,
O amor que me fez sofrer, a dor que me faz rir,
Perdido em meio a noite chorando por você,
O caminho de pedras que percorri,
Os dias que deixei de viver,
Pra me afogar em palavras,
Por ver por seus olhos, um tolo amante,
Que perdeu a vontade de viver,
Um tolo que quer se esconder,
Para não mais sofrer,
Afogado em lagrimas,
Perdido em meio a um vazio,
Mais uma alma que se vai com a depressão,
Apenas uma vida dedicada a te amar,
Que acaba hoje sem teu amor.



Ama-me


Ama-me como que por encanto,
ria meu riso e chore meu pranto,
ama-me com simplicidade de alma,
verdadeira e vorazmente,
ame-me simplesmente...

Ama-me como um bicho,
sem pudor e sem leis,
ama-me num esconderijo,
e sem dó nem piedade,
crava em mim tuas garras,
de amor e de vontade,

Ama-me vertiginosamente,
à beira de abismos,
e alturas celestes,
conforta minha alma,
que há séculos espera,
perdida em guerra,
de sentimentos e dores,
saudades e angústias,
salva-me de mim mesmo,
mas ama-me...

ama-me como há muito tenho esperado,
ama-me com a paixão dos desencarnados,
ama-me com a piedade dos bons,
e o desespero dos rejeitados,
ama-me no céu, como no inferno,
sem tempo, nem idade,
ama-me com vitalidade...

Ama-me nesta vida,
e em todas que puderes,
ama-me irrestrita e desesperadamente,
como se fosse o último,
ou o único...

Ama-me porque sinto saudades,
porque só sei amar com vontades,
porque tua existência é necessária,
porque teu amor tem verdades,
porque apenas com você,
me sentirei pleno, verdadeiro,
amado, completo e acalentado,
ama-me porque a noite é chegada,
e se demorares muito,
poderei não estar mais nessa estrada...



Noite Íntima

Há certa lucidez na noite de insônia -
Forma luminosa deslizando nas cortinas
Uma face pálida à janela surge
E um leitoso jorro desce das vidraças.

Esqueço o medo, as trevas são lânguidas
Lascivas tal um momento de desejo
E quero banhar-me em leite farto
Clarear minha íntima obscuridade.

‘ desperto adormeço dentro os temores
na minha noite idolatro o Segredo.’

Quero banhar-me no jorro deste seio
Lúcido na escuridão sinto o pulsar
De pesadelos obscenos a torturar-me
Em gemidos de selvático gozo.

Quero banhar-me, nutrir-me todo
No visgo gotejante das trevas
Quando, do eclipse da lua, desce
O manto de escura noite.

‘ mas eu, nos pesares profundos,
devo retornar aos ermos de mim.’

Campinas desconhecidas de mim
Onde lentamente vicejam orquídeas
A sugarem ávidas outros desabrochares
Lá no abismo de meus risos.

Na cantiga que ao luar ecoa,
Além do pensamento e do silêncio,
Na embriaguez do mal que aí habita,
Com olhos fechados procuro o Sentido.



Novas Asas


Logo após o nascimento,
Cortam-nos as asas
E deixam o corpo incapaz de alcançar vôo novamente
Em algum lugar, entre o céu e o inferno!!!
Há muito tempo essa história se repete
E sempre os anjos livres,
Que passam seus dias a desfrutar da liberdade,
Se transformam em meros humanos...
Perdem o dom do vôo
Perdem parte da liberdade
Perdem parte da compreensão
Perdem parte da sua alma...
A razão então cobre esse vazio
E passamos a criar leis e regras
Que nos prendem ainda mais
Talvez porque ainda não tenhamos aprendido
A lidar com esse mundo totalmente estranho...
Ou talvez porque a sensação que temos ao quebrar algumas regras
Nos devolve momentaneamente o prazer
Do vento batendo em nossos rostos,
Enquanto nossas asas sobem e descem...
Mas é como se fosse uma droga,
O efeito é momentâneo
Depois que passa, voltamos à realidade,
Novamente temos as asas amputadas,
Novamente somos incapacitados
Novamente angústias e tristezas
Pesam sobre essa parte da alma
Que a razão ainda não destruiu.
Porém ficamos viciados,
E passamos a sempre buscar alternativas
Para conseguir novas asas,
Mesmo que sejam descartáveis...
Mesmo que depois de um tempo, desapareçam...
Pois essa parte da alma que ainda nos resta
Não descansará até que se torne completa novamente,
Mesmo que para isso, tenha que passar
De habitar neste pedaço de matéria
E voltar a viver em um mundo espiritual,
Com novas asas...


Quebra meu coração


Quebra meu coração,
quando pessoas que eu conheço,
se tornam pessoas que eu conhecia;
Quando você,
que foi uma enorme parte da minha vida,
que foi capaz de conversar durante horas comigo,
passa do meu lado e nem ao menos olha nos meus olhos,
ou simplesmente não tem mais assunto.
quebra meu coração saber que boas coisas acabam.
e não há nada que possamos fazer.

Um Novo Amor

Meu coração era triste, sem vida...
Vazio.
Sofria nos dias de frio
Amava sem receber o mesmo amor...
Chorava por não receber calor
Sangrava por não ser notado...
Um coração despedaçado.
Vivia na companhia da solidão, das trevas...
Sentia medo.

Com você veio a esperança;
A certeza, o calor.
A luz, a companhia... o amor
E hoje meu coração volta a bater,
É cheio de esperança e consegue se aquecer
Não sente medo, se livrou da solidão.
Segue a luz... não vive mais na escuridão.
Ainda se recupera, não é tão fácil
De apagar um amor antigo,
Que não soube me amar.
Mas quero você ao meu lado
A me ajudar esquecer...

Enterrarei no fundo da minha sepultura
As dores, as lágrimas... meu amor não correspondido
Caminharemos entre as lápides
E juntos, enfrentaremos todos os males.

Agradeço por você cruzado meu caminho
Quando é que você vem receber os meus carinhos...


Lembranças


O medo é grande
O pensamento acelerado
Respiração ofegante
O ar congelado

O que é a vida?
O que é ser?
Nada que permita...
Nada que deixe esquecer

São tantas vozes
O silêncio me ensurdece
As orações me cansam
A solidão me aquece

Aqui não há nada
(está tudo lotado)
Estou só
(está tudo lotado)

Esse mundo me surpreende
O decorrer da vida me exausta
Tudo parece familiar
Mas eu não me lembro...




À espera


Garrafas de vinhos vazias,
Fotos e cartas pelo chão,
Necessidade de teu calor,
Quando isso irá acabar...

À espera
Ansiosa e perturbadora
De teus beijos e abraços,
Enfim de teu calor...

Tão juntos e tão separados,
Nossos corações estão enlouquecendo.
Sua voz acalma meu ser,
Porém aumenta minha ansiedade de ter-te...

Sua existência ilumina meus dias
Com um leve toque de tormentos,
A distância que nos separa
Não irá separar nossos corações...

Sonho com o momento em que acordarei ao teu lado
E que irei dizer eu te amo, olhando em seus olhos.
Mas enquanto esse momento não chega
Sofro com essa maldita espera...





Ingratidão


Eu caí azul
No oceano espinhoso do teu silêncio
E comi das nuvens negras
Eu vi que tudo se quebra
Respirei o ar que tu envenenaste
Caí em perdição
Sonhei com flores pretas
Com o meu sangue pregado na tua mão
E o teu olhar carente de ódio respaldado
Pedia-me martírios a mais
Para sofrer
Nem precisa morrer brincando
Com as sombras
Conheço todos os teus planos mal elaborados
Que sempre te acompanham
Na rua feita de corpos violados
Se for para desolar-me
Desole-me direito
Você bebeu do meu vinho
Provou do seu veneno encantado
As suas asas caíram dentro do meu sapato
Um sapato para ir a um enterro tão esperado
Sou parte da tua infelicidade
Mas as minhas moedas
Pagariam a tua falsidade deficientemente cálida
E pálida
Tão grotesca e tão simpática
O cordão umbilical foi cortado
Para você sofrer com o resultado
Morreu por respirar esse ar tão mutilado
Vou te acompanhar
Ate você arrancar meu coração
Para comer no jantar
Pranto pelos que sentimentos que vou recortar
A vida desencantou os girassóis que se tornavam negros
O teu desamor
Levou-me por inteiro
O teu amor de bosta me levou ao desespero
Masturbei-me com o teu ciúme
Contei quantas estrelas tu roubaste
E vi que eras amiga da traição
Pedras pedindo que eu pisasse nelas
Nos caminhos
Que levariam ao atalho do teu mundo
Tão vagabundo
E sem compaixão
Pensei por um segundo
Que sorria no escuro cinzeiro
E que o céu ia cair
Eu naveguei no atlântico norte do teu coração prisioneiro
Podre, vazio
Eu também te contaminei
Com as juras que nunca cumpriria
Também destruí sua vida vadia
Vou traficar o teu anêmico carinho
Vou encontrar o tesouro no túmulo do teu olhar
Sozinho... vou me salvar
E desvendar porque sumiram os vitrais da sala
A beleza era tão inexata
Uma estrada só pregos
É para se andar descalço
Orgásmica dor
Dos meus eternos devaneios
Vivia num mundo
Antes sem desprezo
Borboletas vermelhas
Derreteram-se como se fossem
Um amor que faleceu
Como uma uva perdida no mais sereno pomar
Como um castelo
Que abrigou
Os instrumentos da tua tortura fantástica
Jogaste-me no calabouço aceso
Arrancaste meu paralítico sossego
Vou liquidificar a tristeza tão rarefeita
Picar o teu espírito sem fé
Invejando o meu
Eu invejo não ter te atropelado com as palavras
Mais putrefatas
Que tirei do teu dicionário
Monossilábico e inútil
Como a aspereza
Da tua mente de papel amarrotado e fútil
A ventania expulsou os pássaros da janela
A tua simpatia era tão perversa
Das rosas me destes só os espinhos baratos
Teus beijos não moviam moinhos açoitados como eu
A tua língua nunca me encontrava
Voluptuosa desgraçada
Por mil demônios
Secaria o Nilo com todo esse sal que vive dentro de ti
Como uma penosa falácia
Tu criaste um sentimento laboratorial
Um experimento
Um vômito eternamente injustificável
O teu relento comia o sobrado
De onde eu observava
A platonicidade em vão do sereno
Indisponivelmente ingrata
Roubaste não mais do que meu mundo inteiro
Assombraste-me
Enquanto adoecia
Por ter perdido a passagem de volta
Desse hediondo pesadelo
Eu visitei a caverna azeda dos teus pensamentos
E fiquei com medo
De encostar nas paredes não pintadas
Escondi-me de ti
Como o sol se esconde da lua o dia inteiro
Deixei de gozar o inverno
Roubou-me o aconchego
A tristeza
A escuridão
Acolheu-me
Do abraço ideológico das tuas mentiras
E aquelas flores que te dei
Deveriam ter colorido a tua vida
Eu fiquei tão fraco e nu
Apreciei as folhas caírem
Felizmente sem teu cheiro
Eram vazias e sem clorofila
Não perdoarei jamais
Essa sagaz agonia que não me deixa em paz
Mastiguei a terra infértil do teu seio
Derreti junto com a vela preta que acendi
Para flagelar meu amor sintético
Por ti
Não há perfume, cor ou sabor
Receba minha ossada como lembrança
Da sua incapacidade de fazer eu sorrir
Morra mas não encontre-me depois
Se perca na sua cegueira proposital
Desapareça
Mas não se esqueça de me querer mal
Ao cântico fúnebre faltavam versos
Aqui estão eles
E assim eu me despeço
Deixe os vermes se envenenarem ao comerem
Essa carne tão estúpida, fria e sem orvalho
Padeça
Sofra por nós dois
Corra na floresta dos teus medos
Colocarei na tua cama
As serpentes que do teu corpo não deixaram nem um galho
Era uma árvore sem luz
Eu me perdia na fotossíntese do teu fingimento
Mesclado entre o preto e o vermelho
Abraçava-me com tuas giletes
Açoitava-me
vampira
Como me mostra estacas
Tome logo todas essas pílulas
Redondas
Como os círculos em que me perdi nostalgicamente
Dancei quando o teu réquiem
Não te levou onde eu me encontrava
No abismo longe de ti
Vivia tão só e morreu assim a esperança
Não vou mais sangrar contigo
Lágrima automática
Nem mil banhos tiraram essa lama
Que impregnou meu leito escarlate
Parei de comer as raízes do meu rancor
E ignorei teu chamado abstrato
Vazio, insensível e ingrato
Era tão barroca
Tuas dualidades
Consumiam minha força
Teu gramado respeito
Transformou-se num concreto imperfeito
Pulei corda com o teu intestino delgado





Monótona Prostituta


Criatura mentecapta
meretriz mérita de ser apedrejada
sortilégica, podre amaldiçoada

Pérfida prosaica
promíscua prostituta
ostenta podridão
Ó! grave desolação paterna
dançarina consumível
teus filhos apontados são.

Utopia do prazer
maldita aberração
Objeto sem escrúpulo
urinol de ejaculação.





Meus olhos me iludem


"Meus olhos me iludem
Meus sentimentos me dominam
Minha mente me confunde...
Lágrimas angustiadas escorrem em meu rosto
Já não sinto mais nada a não ser uma paixão inacabada
Meu corpo parece imóvel
Mexendo-se apenas para enxugar o sangue que transborda de minhas veias
por cortes que eu mesmo fiz em meu corpo
Estou num prolongado desespero
que teima em permanecer comigo
O desespero da dor
O desespero da paixão
que um belo dia acertou meu coração solenemente,
mas que foi me tornando um condenado em sentí-la
Até mesmo meus sentidos eu não tenho mais
Não sinto mais nada que não seja esse doce - amargo sentimento que me
consome..."


De que adianta a beleza?

Do que me adianta a beleza?
Se meus lábios não dizem doçuras
Nem meus olhos despejam meiguice
Rejeito a beleza que vêem em mim
Quero a paz de falar ao vento o poema mais triste
sem o sol se esconder.

Me tranquei dentro desse corpo,
me escondendo de mim mesmo
ansiando não ser como os demais.
Mas de que adianta a beleza?
Se meu coração é corrompido
pela fatal doença dos orgulhosos

Rejeito a beleza que vêem em mim.
Quero a alegria de falar
e ser entendido
Me rejeito dentro dessa casca
que nada vale que nada importa.

De que adianta a beleza?
Se sou desagradavelmente amargo,
marcado pelas minhas próprias mãos
em busca da verdade,
maior mentira a quem me entreguei.

Queria ser doce como aquela canção que jamais cantarei,
Queria não ter sido tão corrompido pelos meus desejos,
por minhas mãos.

Me rejeito hoje como nunca
RASGARIA MEU CORPO,
QUEIMARIA MEU ROSTO,
PRA TALVEZ SER MAIS FELIZ.
COM O PEITO EM BRASA,
COM A DOR SAINDO PELOS POROS,
COBERTO DE PECADO,
ENLAMEADO DA SUJEIRA DA VIDA.



Nota da Tristeza

Uma nota a ecoar
Em pranto faz o ar suspirar
Nota da tristeza
Que por fim se fez estrela
Não faz parte de um sonhar


Nota de trevas
Se encontra em lamúria
Ouça no ar
A nota da dor e o gotejar
De um choro
Que não é apenas um lamentar.

Encosta-te agora sua cabeça
E deixe esta nota terminar
Pois quando então terminar
A tristeza em sua alma
Poderá lamentar

Ouça a nota
A nota de dor
sinta o horror
De um lamento
Que por fim se fez cessar.